terça-feira, 16 de janeiro de 2007

Sociologia e Filosofia : um grande passo na educação

Todos nós sabemos que nosso país necessita de reformas,em todos os setores,desde as atitudes político-econômicas externas até a educação,passando pela saúde e pelo saneamento básico.Pois bem,a grande maioria das pessoas acham que o primeiro passo à ser dado é o da educação.Eu concordo.O maior impasse é que as pessoas não sabem como dar o "primeiro passo do primeiro passo" ou seja,como começar a reforma na educação brasileira.O primeiro passo é um tanto quanto difícil de falar com precisão,mas um passo é essencial: a inserção de Sociologia e Filosofia nas matérias escolares obrigatórias.

Muitos duvidam da capacidade intelectual de tais temas,tendo em vista que julgam Matemática,ou Química,ou Física,mais importantes.Mas gostaria de atentar para um fato: ambas as matérias foram proibidas pela Ditadura Militar !Por que!?A Filosofia,ajuda a compreender diversos temas gerais,além de estimular o raciocínio lógico,o que pode facilitar um aluno a ter um desempenho bom nas matérias "mais importantes".Já a Sociologia,facilita o conhecimento geral nas áreas políticas e sociais.A inserção de Sociologia abre um amplo campo de informações a serem trocadas,de aluno pra professor,de professor pra aluno e entre os próprios alunos,pois além de ter o conteúdo básico,abre espaços para debates relacionados á ética,religião,cultura,organização social entre outros.

Sob a situação intelectual degradante do nosso país,onde a minoria tem acesso a um bom desenvolvimento intelectual,seria de extrema urgência inserir matérias que estimulasse o raciocínio lógico e o "raciocínio social" dos alunos,principalmente da rede pública,para que possamos assim,desenvolver um forte sistema educacional e reformular os métodos de ensino.Tudo isso visando o futuro do nosso país.

Um abraço e até a próxima,
Daniel L. Ruffo

quarta-feira, 3 de janeiro de 2007

Desenvolvimento sustentável X Capitalismo

Olá. Primeiramente, gostaria de dizer que é um prazer estar postando pela primeira vez. Gostaria de falar sobre um assunto que destoa um pouco do apresentado até agora, mas nem por isso é menos importante. Pra começar dê uma olhada pela sua janela e observe o tempo. Se você é morador do Rio de Janeiro, provavelmente vai constatar que cai uma chuvinha fina, faz um friozinho até agradável e o céu está inteiramente coberto de nuvens. Agora procure examinar o seu calendário, estamos em pleno mês de Janeiro. O que estaria acontecendo com o sol e o calor da estação mais esperada do ano? Ao fazer um esforço de memória pode-se notar que o mesmo padrão meteorológico ocorreu por diversos dias seguidos na Primavera, algo incomum também. Não apenas no Brasil, mas em todo o mundo, o clima dá sinais de estar cansado da falta de consciência do homem. Furacões, até mesmo no Brasil (sim, foi confirmado pela NASA, o Catarina foi um furacão), ondas de calor que fazem vítimas na Europa e na América do Norte, o nível dos oceanos subindo devido ao degelo das geleiras, a temperatura do planeta aumentando são alguns exemplos de alerta que a natureza tem nos dado. Diante desse quadro autoridades mundiais começam a se preocupar com as questões climáticas, afinal foi a ocupação e exploração equivocada do homem a precursora desses transtornos. E a solução criada e que está na moda em todos os Estados é o “desenvolvimento sustentável”. Seria uma maneira de adequar o sistema capitalista às normas e leis que livrassem o meio ambiente de maiores danos. Bom, para isso é imprescindível uma legislação ambiental, uma fiscalização séria e uma punição severa para aqueles que desrespeitarem a lei. Parece simples, mas é aí que começam os problemas. Vamos dar como exemplo o Brasil. Nós temos uma das mais elogiadas constituições, então, por que o Brasil é o que é hoje? Essa é fácil de responder, não é? É porque ninguém respeita a lei por falta de punição. Aqui sempre rola um dinheiro numa mala, numa maleta, numa sacola, até na cueca. Em todo o caso esse não seria ao meu ver o principal obstáculo para o desenvolvimento sustentável. O grande problema é a ganância do homem. Adequar-se a uma legislação ambiental significa, para os empresários, prejuízo. Quer um exemplo? Por que os Estados Unidos (o maior poluidor mundial) não assinou o protocolo de Kyoto? Entre os vários fatores,o mais preponderante foi que isso comprometeria o seu desenvolvimento. Portanto um acordo que pode representar, pelo menos, uma amenização do aquecimento global é ignorado em detrimento do desenvolvimento daquela que já é a superpotência mundial. Enquanto o homem pensar dessa maneira a natureza continuará dando sua resposta. Eu termino com uma frase do Geenpeace que sintetiza um pouco do que falei:

“Quando a última árvore cair, quando o último rio secar, quando o último peixe for pescado, vocês vão entender que dinheiro não se come."(Greenpeace)

Abraços, até a próxima...

terça-feira, 2 de janeiro de 2007

Um ditador condenado à morte pelos Reis da Democracia

Têm-se falado muito sobre a morte do ex-ditador e ex-chefe de Estado Saddam Hussein.Alguns foram favoráveis ao seu enforcamento,outros contra.A verdade é que a situação iraquiana não se altera com a sua morte,pelo contrário,pode-se tornar o clima de guerra civil cada vez mais hostil e sem resolução.
Alguns grupos fiéis ao ex-ditador já anunciaram que haverá retalhação contra a morte de Saddam Hussein,que bem ou mal,fere os direitos da democracia e dos direitos humanos que são defendidos com unhas e dentes pelos "Xerifes do Mundo".Não sei se os amigos tiveram a mesma impressão que eu,mas a morte de Saddam pareceu apenas como um corte à um trabalho que seria demasiadamente complicado: julgar um homem de cultura diferente,mediante à leis diferentes mas num tribunal Ocidental.Estranho!?Talvez.Entendo os que dizem que ele foi enforcado por essa pena capital ser permitida no Iraque,mas eu entendo também os que dizem que o julgamento e a condenação não deveria passar pelas mãos da ONU e dos Estados Unidos e ter o final que teve,afinal a cultura Ocidental abomina à sentença de morte de forma geral.Então,mediante à complicação do julgamento e de uma improvável sentença,Saddam foi condenado à morte.
De forma clara e direta,a morte de Saddam praticamente não altera a situação iraquiana e pareceu,de forma bem evidente, que foi apenas uma forma de poupar um trabalho árduo de julgá-lo mediante à uma miscigenação de leis e culturas.



Mudando radicalmente de assunto,a equipe Reflexões do Cotidiano deseja à todos um feliz 2007 com muita paz,consciência e ética,para que possamos lutar para melhorar a situação em que nos encontramos.

Um forte abraço,
Daniel L. Ruffo