quarta-feira, 3 de janeiro de 2007

Desenvolvimento sustentável X Capitalismo

Olá. Primeiramente, gostaria de dizer que é um prazer estar postando pela primeira vez. Gostaria de falar sobre um assunto que destoa um pouco do apresentado até agora, mas nem por isso é menos importante. Pra começar dê uma olhada pela sua janela e observe o tempo. Se você é morador do Rio de Janeiro, provavelmente vai constatar que cai uma chuvinha fina, faz um friozinho até agradável e o céu está inteiramente coberto de nuvens. Agora procure examinar o seu calendário, estamos em pleno mês de Janeiro. O que estaria acontecendo com o sol e o calor da estação mais esperada do ano? Ao fazer um esforço de memória pode-se notar que o mesmo padrão meteorológico ocorreu por diversos dias seguidos na Primavera, algo incomum também. Não apenas no Brasil, mas em todo o mundo, o clima dá sinais de estar cansado da falta de consciência do homem. Furacões, até mesmo no Brasil (sim, foi confirmado pela NASA, o Catarina foi um furacão), ondas de calor que fazem vítimas na Europa e na América do Norte, o nível dos oceanos subindo devido ao degelo das geleiras, a temperatura do planeta aumentando são alguns exemplos de alerta que a natureza tem nos dado. Diante desse quadro autoridades mundiais começam a se preocupar com as questões climáticas, afinal foi a ocupação e exploração equivocada do homem a precursora desses transtornos. E a solução criada e que está na moda em todos os Estados é o “desenvolvimento sustentável”. Seria uma maneira de adequar o sistema capitalista às normas e leis que livrassem o meio ambiente de maiores danos. Bom, para isso é imprescindível uma legislação ambiental, uma fiscalização séria e uma punição severa para aqueles que desrespeitarem a lei. Parece simples, mas é aí que começam os problemas. Vamos dar como exemplo o Brasil. Nós temos uma das mais elogiadas constituições, então, por que o Brasil é o que é hoje? Essa é fácil de responder, não é? É porque ninguém respeita a lei por falta de punição. Aqui sempre rola um dinheiro numa mala, numa maleta, numa sacola, até na cueca. Em todo o caso esse não seria ao meu ver o principal obstáculo para o desenvolvimento sustentável. O grande problema é a ganância do homem. Adequar-se a uma legislação ambiental significa, para os empresários, prejuízo. Quer um exemplo? Por que os Estados Unidos (o maior poluidor mundial) não assinou o protocolo de Kyoto? Entre os vários fatores,o mais preponderante foi que isso comprometeria o seu desenvolvimento. Portanto um acordo que pode representar, pelo menos, uma amenização do aquecimento global é ignorado em detrimento do desenvolvimento daquela que já é a superpotência mundial. Enquanto o homem pensar dessa maneira a natureza continuará dando sua resposta. Eu termino com uma frase do Geenpeace que sintetiza um pouco do que falei:

“Quando a última árvore cair, quando o último rio secar, quando o último peixe for pescado, vocês vão entender que dinheiro não se come."(Greenpeace)

Abraços, até a próxima...

8 comentários:

  1. Muito bom o texto.A última frase realmente nos mostra uma situação alarmante.

    Abraço!

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  2. Realmente acho esse asssunto de total importância e concordo em muito com o texto. Gostei em especial quando o autor falou do Brasil. Todos nós sabemos que as politicas governamentais em relação ao meio ambiente são uma piada, ou simplismente não existem. Ao meu ver nosso presidente não anda muito interessado nesse assunto, basta ver a ministra despreparada que ocupa a cadeira do meio ambiente... não que essa seja a única sem preparo...
    Discordei do ponto sobre o Protocolo de Kyoto.
    Chamo a atenção de vocês para a seguinte questão, vocês sabem o que diz esse protocolo ou simplismente em mais uma medida anti-americanista criticam os Estados Unidos por não o assinarem.
    Então vamos a algumas questões que ninguem fala:
    Vocês sabiam que nos Estados Unidos US$ 20 bilhões foram investidos até agora em pesquisa e mais US$ 5,5 bilhões serão aplicados em 2006 no desenvolvendo de carros híbridos, novas tecnologias para uso de carvão e a utilização de hidrogênio como combustível e o resto do mundo quanto investe?
    Vocês sabiam que esse tal dorado Protocolo não exigia reduções dos países em desenvolvimento, como China e Índia, que podem se tornar os maiores poluidores mundiais se continuarem crescendo no ritmo atual?
    Vocês sabiam que a economia americana cresceu muito nos anos 90, justamente o período utilizado como base para o acordo. No mesmo período, a Europa teve a reunificação da Alemanha e a modernização do setor industrial britânico, permitindo que a região cumpra as metas sem ter que sacrificar o crescimento econômico, já que o perfil da indústria mudou nesses dois países, ou pensavam que a Europa apoia o protocolo por ser "boazinha"?
    Vocês sabiam que um projeto para uma nova lei de recursos energéticos, que inclui incentivos para ampliar o uso de álcool combustível, está tramitando no Congresso americano?
    Acho que deu para perceber que diferentimente do que muitos falam, os Estados Unidos está interessado no meio ambiente. E o Brasil do Lula o que faz pelo meio ambiente? Acho que etá na hora de olharmos para o quintal da nossa casa!
    U.S.A

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  3. Notícia retirada da Folh Online

    EUA e Austrália preparam acordo para substituir Protocolo de Kyoto

    da France Presse, em Sidney

    A Austrália e Estados Unidos negociaram em sigilo um novo acordo internacional sobre as emissões de gás causadores do efeito estufa, para substituir o Protocolo de Kyoto, que os dois países se negam a assinar. O anúncio foi feito nesta quarta-feira pelo ministro australiano do Meio Ambiente, Ian Campbell.

    O jornal "The Australian" havia revelado que China, Índia e Coréia do Sul também participaram da negociação, confirmada hoje pelo ministro. Segundo Campbell, os detalhes do acordo e os países envolvidos serão anunciados "num futuro próximo".

    "A Austrália emite apenas 1,4% dos gases causadores do efeito estufa do planeta. Tudo o que funcionar no futuro deve comprometer todos os principais emissores", disse Campbell. "O principal objetivo de uma ação eficaz é envolver os países que se desenvolvem rapidamente e têm necessidades legítimas de aumentar seu consumo energético. Mas também temos que encontrar uma resposta para as reduções imperativas das emissões mundiais", acrescentou.

    O Protocolo de Kyoto impõe aos países industrializados a redução, até o fim de 2010, de suas emissões de gases causadores do efeito estufa, consideradas responsáveis pelo aquecimento global. A recusa de Estados Unidos e Austrália a assinar o acordo provocou críticas internacionais.

    Um dos principais argumentos americanos contra o protocolo é que os grandes países em desenvolvimento, como China e Índia, não são afetados pelos objetivos de redução das emissões. Segundo o "The Australian", o novo acordo reuniria países que totalizam mais de 40% das emissões mundiais.

    A nova iniciativa americana para uma estratégia "pós-Kyoto" constava no programa da reunião que tiveram na semana passada, em Washington, o premiê australiano, John Howard, e o presidente americano, George W. Bush. O premiê indiano, Manmohan Singh, também discutiu o assunto com Bush naqueles dias, publicou o jornal.

    Os Estados Unidos lideraram as negociações, e a Austrália participou devido aos interesses vitais nas exportações de carvão e gás para China e Coréia do Sul, e devido às negociações com a China para a venda de urânio destinado à energia nuclear, afirmou o "The Australian".

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  4. U.S.A (esqueci de assinar a ultima)

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  5. Olá rapazes! Gostaria de parabenizá-los pelos textos, pelo conteúdo e consciência de cada um. Bom saber que há jovens buscando algo mais que baladas pra vida... rs
    Danzinho, se o convite ainda estiver de pé, adoraria colaborar.
    Bjos

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  6. Realmente algumas coisas que o nosso amigo Anônimo disse podem/são verdades e principalmente que o Protocolo de Kyoto é falho.

    Essa luta entre Desenvolvimento sustentável X Capitalismo é na verdade um verdadeira farsa. Responderei o porquê.

    Neste Protocolo existe uma cota para cada país de lançamento de CO e seus derivados da atmosfera, mas o Capitalismo fez com que quando uma cota não é atingida esta parte que sobrou pode ser vendida para outros países poderem poluir um pouco mais.

    Em outras palavras temos ai um EXPORTAÇÃO DE POLUIÇÃO SEM CONSTRANGIMENTOS NEM DORES NA COINCIÊNCIA

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  7. nossa esse texto realmente me ajudou a entender a situação global
    obg com esse texto terei a conclusçao do meu trablho do tcc.
    19 de junho de 2012.

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