quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Leia agora mesmo ou um pouco depois.

Quando fui convidado a escrever neste blog, combinei que todas as sextas-feiras meu post estaria presente. Ok. Sexta passada, propositalmente, não escrevi, pois planejava escrever no domingo. No sábado, fui questionado sobre não ter escrito sexta e disse "domingo estará lá". Ora, mais um motivo para não postar, não teria sentido algum, então optei por adiar apenas para hoje, pois irei tratar de um trema presente no nosso cotidiano: O atraso.
Penso que o atraso, quando ocorre propositalmente, é algo muito prazeroso...a sensação de você não cumprir a sua parte em algo pré-acertado sabendo que não haverá conseqüência alguma nesta atitude. Fora o fato da pontualidade contínua oferece o fardo do título de pontual, ou seja, você NUNCA terá o direito de se atrasar para nada que será logo cobrado, diferente daqueles que já anestesiaram os amigos com seus constantes atrasos.
Por anos, eu sempre fui pontual e isso de certa forma era extremamente chato por conta dos atrasos alheios. Era sempre o primeiro chegar em festas de aniversário (por vezes antes que o aniversariante), em reuniões partidárias, em ensaios de banda ou do teatro e até mesmo para encontros religiosos e foi assim em grande parte da minha adolescência.
Com o tempo, aprendi a lição: Já que todos vão atrasar, se atrase também. Óbvio que há situações onde isso não é tolerável, como viagens, entrevistas etc.. Mas quando possível, faço questão de me atrasar, pois ao menos cria-se a expectativa sobre a presença.
Interessante que o atraso se tornou tão comum que a novela das 8 hoje começa as 9 sem ninguém se dar conta disso, com os atrasos acontecendo progressivamente ao longo dos anos, como se a TV se adaptasse ao fato do marido chegar em casa atrasado depois de combinar com a esposa que as 8:10 estaria em casa pra ajuda-la com alguma tarefa.
Ou então, são os funcionários da TV que se atrasaram mesmo e obrigaram tudo a começar mais tarde...

Um comentário:

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